eu sinto que esse trabalho me diminui
a posição da mesa, minha postura, a luz
os músculos vão se contraindo
formando nozinhos
e eu vou diminuindo
e vou pra cama doendo
eu sinto que o dinheiro me seca o cérebro
eu esqueço de beber água
de fazer o que gosto
de ligar pra quem amo
os músculos formando nozinhos
e vou diminuindo
e vou pra cama doendo
sou eu no final do dia:
essa sujeita pequena,
desidratada de amor
seca de poesia
tensa doendo na cama.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
sábado, 9 de maio de 2009
foguinho
duas ou três bolinhas de calor vão subindo.
no começo dói, incomoda e incha.
depois eu me acomodo e é bom.
dá uma fome, uma sede, uma...
todas essas sensações de incompletude, que trazem alguma voracidade.
eu sou cheia delas.
minhas bolinhas que correm quentes.
imediatistas e imprevisíveis.
espero que elas continuem vindo e se espalhando.
ah que se ter calor pra ter vida.
vide o sol.
eu queria essa música, mas não gostei tanto do vídeo:
no começo dói, incomoda e incha.
depois eu me acomodo e é bom.
dá uma fome, uma sede, uma...
todas essas sensações de incompletude, que trazem alguma voracidade.
eu sou cheia delas.
minhas bolinhas que correm quentes.
imediatistas e imprevisíveis.
espero que elas continuem vindo e se espalhando.
ah que se ter calor pra ter vida.
vide o sol.
eu queria essa música, mas não gostei tanto do vídeo:
apaga a luz.
- amor, maior de todos, meu.
- sim?
- qdo sair, apague a luz.
- sim, sim. claro.
(...)
- mas vc vai fica aí, sozinha, no escuro?
- e onde mais eu ficaria?
- eu acho triste.
- é triste, mas eu sei onde está tudo. precisar mesmo da luz, não preciso.
- entendi.
- se for, apague a luz.
- sim?
- qdo sair, apague a luz.
- sim, sim. claro.
(...)
- mas vc vai fica aí, sozinha, no escuro?
- e onde mais eu ficaria?
- eu acho triste.
- é triste, mas eu sei onde está tudo. precisar mesmo da luz, não preciso.
- entendi.
- se for, apague a luz.
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