quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Fé e paixão e Faca Amolada (Milton)

Agora não pergunto mais aonde vai a estrada.
Agora não espero mais aquela madrugada.
(Acredito, sinto, logo, sei, então, vou)
Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser, faca amolada.
O brilho cego de paixão e fé, faca amolada.
(Nem sempre certeiro, mas certamente, cortante)
Deixar a sua luz brilhar e ser muito tranqüilo.
Deixar o seu amor crescer e ser muito tranquilo.
(Confio)
Brilhar, brilhar, acontecer, brilhar, faca amolada.
Irmão, irmã, irmã, irmão de fé, faca amolada.
(Certo, não exato, certo)
Plantar o trigo e refazer o pão de cada dia.
Beber o vinho e renascer na luz de todo dia.
(Continuo)
Deixar a luz brilhar no pão de cada dia.
Deixar o seu amor crescer na luz de todo dia.
(Colho)
Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser muito tranqüilo.
(Há de se esperar, no entanto)
O brilho cego de paixão e fé, faca amolada.
(Nem sempre certeira, mas definitivamente, cortante)

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

pra variar música

Hoje no busão, vim pro trabalho ouvindo Nova Brasil. O dia estava bonitão, eu dormi decentemente (o que não fazia há semanas), e tocou uma música nova (pra mim, pelo menos) do Jorge Vercilo, que é um tarado sútil e apaixonada, o preferido da Ro.
Aparentemente, é uma crise de casal, de leve, deve ter sido o que aconteceu com a Mona Lisa (rs!), enfim, vou cantar aqui dois versos, não por nada, só por prazer mesmo:

"Enfim,
passeia sua boca em mim
até me calar
Aqui,
ainda parece ser
o melhor lugar"

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

história triste...

hoje, um cara perdeu um grande amor. por culpa dele, mas não deixa de ser triste. resolvi, cantar por aqui em homenagem:

"cuide bem do seu amor, seja quem for" - Herbert Viana

Ain't no sunshine - Bill Withers
nada tem graça
depois que ela foi
fica tudo frio se ela não está mais aqui
nada tem graça
e tudo demora muito, toda vez que ela se afasta

eu fico pensando quanto tempo vai levar
e se ela se foi de vez
nada tem graça depois que ela se foi
e essa casa não é mais minha casa
se ela não está mais aqui

eu sei, talvez eu devesse deixá-la ir
mas não há luz do dia
só escuridão
se ela não está mais aqui*

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Sobre paixão

Alceu Valença (com tontura): "ô-ô-ô-ô-ô, ô paixão!"

Itamar Assunção (roubado do Kássio, também apaixonado):
Apaixonite Aguda
Quando estou longe
Quero ficar perto
Quando estou perto
Quero ficar dentro
Quando estou dentro
Quero ficar mudo
Quando estou mudo
Quero dizer tudo.


Chico César, perdido:
Templo da paixão
Se você olha pra mim
Se me dá atenção
Eu me derreto suave
Neve no vulcão

Se você toca em mim
Alaúde emoção
Eu me desmancho suave
Nuvem no avião

Himalaia himeneu
Esse homem nu sou eu
Olhos de contemplação

Inca maia pigmeu
Minha tribo me perdeu
Quando entrei no templo da paixão


====
Eu já cai daqui uma vez. Aliás daqui nunca, porque eu nunca fui tão alto.
Eu tava lendo minhas amigas, recém caídas, apanhando e enfim. E mesmo assim, to aqui, no passeio pelo precipício.*
Eu to com medo, mas com coragem. Eu to assumindo, também, nunca estive tão apaixonada. Daqui de cima tudo dá muita tontura mesmo.
E se eu cair, até aqui e foi pouco e foi muito. Por esse agora e os de antes, já valeu.
E se eu aprender a voar, vou ter muito orgulho de mim, pela coragem e pela fé, porque o padrão desse mundo, é a gravidade.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

DANAE (KLIMT):


Para acompanhar:


"Desse jeito vão saber de nós dois
Dessa nossa vida
E será uma maldade veloz
Malignas línguas
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam
Ilegais

Eu só sei que eu quero você
Pertinho de mim
Eu quero você
Dentro de mim
Eu quero você
Em cima de mim
Eu quero você
"

Ilegais - Vanessa da Mata - Sim

domingo, 5 de outubro de 2008

Gravedigger e a pedrinha



Tinha uma pedrinha, que morava atrás da rosa, no jardim.
Ela se apaixonou pelo passarinho que namorava com a rosa.
Era uma tristeza, a vida da pedrinha. Ela não conseguia se mexer.
Logo, não podia não olhar. Voar então, muito menos.
Sabe que nem suicídio uma pedra pode cometer.
E ela, então, decidiu esperar.
Porque o tempo com a chuva, a chuva com o tempo, e o tempo sem ajuda, logo, nem tão logo, a iriam corroer. Gastar. Ela viraria poeira.
Poeira, que alegria. O vento iria bater e ela iria voar. Com alguma sorte, uns grãzinhos iriam nas penas do passarinho se enganxar. E que vida confortável.
Mas agora, por enquanto, ela teria de esperar.
Ai, como é bom ter uma meta.