segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

plenitude

para William

Há quem pense que plenitude deve ser uma coisa grande
Ela no entanto cabe
debaixo de um guarda-chuva pequeno no ponto de ônibus
enquanto o céu desaba
o ônibus atrasa e eu dou risada

Uma ou outra característica não cabe escrever e um conceito exato no escrever não cabe
Contudo, ela deve ser um negócio com muita chuva e muito molhado
Ou com muito sol e muito suado
E com muita música e deleite pros olhos

Ela é interrompida, às vezes,
pelo entregador de pizza
pelo cheiro de comida pronta
pelo trabalho
por uma ou outra burrice
por duas ou dez erupções absurdas
- e surdas -
de ciúme

De resto ela está sempre aí
E ela é tão simples, certa e dada
Que as pessoas não vêem

Mas, eu, ha!
Eu achei.

Um comentário:

bill disse...

Não se preocupe,
eu sempre estarei com um
guarda chuva perto de você.

:D