Se
Um
Me
Meu for; ciúme.
envenena o baço
engana os olhos
e tira o ritmo do pulso*
eu quero todas as doenças e idiotias da imaginação:
paixão, esperança, otimismo, até alegria eu queria.
mas eu sou do ciúme
ele me olha diz: o que é meu é meu
não teve nada, nada nessa puta vida
que esse puto não corroeu
e mesmo eu dormindo, vem a mordida
meu dono veio me buscar...
começa de pouco
esquenta o estomâgo
seca a garganta
depois raiva, raiva, tanta.
não há quem se defenda
não há quem nos defenda
não há saída, amor
meu dono veio me buscar...
trancada com ele no meu quarto, só.
ele me bate, me rasga e me arrasta em todas as paredes
até me sangrar
eu boto veneno pelos olhos
tudo o que dizem agora é mentira
todo acaso pra mim é planejado
eu boto veneno pela boca
vestida de louca,
a maior traidora de mim, sou eu
meu dono veio me buscar
e eu o convido pra minha cama.
terça-feira, 30 de setembro de 2008
eu quero também
quero ter um yate ser amigo da máfia do amor traficar felicidade e corromper com alegria, quero vender utopia e comprar fantasia, quero criar a bolsa de desvalores e criar a bomba de chocolate, quero fazer um satélite pra construir arco íris todos os dias (...)
Gregor, puto e contador de história - a-d-o-r-o
tem verbo mais massa que querer
qtas conversar a gente mata com um "não quero"
quanta merda a gente faz "pq eu quis"
Gregor, puto e contador de história - a-d-o-r-o
tem verbo mais massa que querer
qtas conversar a gente mata com um "não quero"
quanta merda a gente faz "pq eu quis"
domingo, 14 de setembro de 2008
felicidade clandestina
"Eu já começara adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.
(...)
Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. (...) Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já presentia. Como demorei! Eu vivia no ar...Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.
(...) sem tocá-lo em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher e seu amante."**
a vida tem sim uma ou duas gotinhas de felicidade - eu lembrei de uma agora, espero que ela se lembre de mim.
(...)
Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. (...) Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já presentia. Como demorei! Eu vivia no ar...Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.
(...) sem tocá-lo em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher e seu amante."**
a vida tem sim uma ou duas gotinhas de felicidade - eu lembrei de uma agora, espero que ela se lembre de mim.
vai mal.
três palavras para resumir:
cansaço, insônia e irritação
um versão para definir:
eu vivo com minha justiça
eu vivo com essa minha necessidade mesquinha
eu vivo sem misercódia
eu vivo com essa comida engolida
eu vivo com esse meu ódio
eu vivo com essa minha inveja
eu vivo com a certeza
de que eu não preciso de mais ninguém
não beba essa porra de água...*
cansaço, insônia e irritação
um versão para definir:
eu vivo com minha justiça
eu vivo com essa minha necessidade mesquinha
eu vivo sem misercódia
eu vivo com essa comida engolida
eu vivo com esse meu ódio
eu vivo com essa minha inveja
eu vivo com a certeza
de que eu não preciso de mais ninguém
não beba essa porra de água...*
terça-feira, 9 de setembro de 2008
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