quinta-feira, 10 de abril de 2008

de matar seu sim e de morrer seu não

ALVOROÇO (Xangai)

Há de beber, há de comer e há de tocar tambor

Um paço formoso é a moça
Uma árvore frondosa
é o seu dorso
Uma tarde fresca uma noite estrelada
São seu colo sereno e seus olhos de alvoroço
Um amor fervoroso põe a mão no seu rosto
E moreno ele sonha,
ele queima, ela voa
Ela roça suas asas
Ela cai sobre as casas como a luz da manhã
Ela cai sobre a gente
Como a chuva quente luminosa e temporã
Um paço formoso é a moça
E sua boca é de louça
Seu cabelo é de algodão
Seu colo é de sonhar
Seu sim é de matar
E é de morrer o seu não
É de matar o seu sim
E é de morrer o seu não

Não há de beber, não há de comer, mas há de tocar tambor

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