sexta-feira, 25 de setembro de 2009

leminsky

e ainda com os pensamentos sobre os possíveis passeios da sua língua em mim

Hoje teve um sarau dos poetinhas.
E foi massa, de onde eu peguei pra diante.
Mas depois de um momento lá, eu achei q tava na hora de manifestar.
Não rolou pq na hora acabou, mas enfim essa sou eu.
O poema q eu ia recitar, é um poema do Leminsky.
O poema em questão, eu tava pensando nisso, entrou em mim qdo eu tinha dezessete anos.
E nunca mais saiu.
E isso faz onze anos.
Eu nunca fui tão fiel.
Eu tenho um problema com fidelidade, de verdade, pq eu nunca tinha visto até acontecer comigo, logo achei q não exisitia.
Isso me lembra por que eu sou fiel ao lemisnky assim
1 pq partilhamos a sensação de não existir e de suicídio sem morrer
2 pelo óbvio.

o tal do poema:
já me matei faz muito tempo
me matei qdo o tempo era escasso
e o que havia entre o tempo e o espaço
era o de sempre
nunca
o mesmo
sempre
passo
morrer faz bem a vista e ao baço
melhora o ritmo do pulso
e clareia a alma
morrer - de vez em quando-
é a única coisa que me acalma.


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"vc está tão longe
q eu sinto q nem existo"

2 comentários:

Kássio Moreira disse...

Leminski é muito bom. =]

Jeff disse...

Puta merda! Entao vamos agora mesmo organizar um sarau pra continuar de onde paramos... uma poesia engasgada pode fazer mal! :) (que bom que saiu no blog e nos desengasgou aos dois!)