"Me pergunto como pude sucumbir nesta vertigem perpétua que eu mesmo provocava e temia. Flutuava entre nuvens erráticas e falava sozinho diante do espelho com a vã ilusão de averiguar quem eu sou. Era tal meu desvario, que em uma manifestação estudantil com pedras e garrafas tive que buscar forças na fraqueza para não me colocar na frente de todos com um letreiro que consagrasse minha verdade: Estou louco de amor."
(Gabriel García Márquez, Memórias de minhas putas tristes, Record, RJ, 2005)
Teve um amigo que passou pela minha vida que disse:
Sabe, tem dias que qualquer ventinho te deixa de pau duro.
Eu disse: que coisa heim?
E ele: Com vc não acontece?
E eu brinquei que não tinha vento que me pusesse de pau duro. Mas que escreveu não leu, eu ficava apaixonada. E ele riu bastante, e disse muito sabiamente:
Isso é coisa de quem nunca se apaixonou de fato.
Eu achei absurdo, e disse. E ele:
Pau duro é fácil, e paixão é duro. Quando te pegar me conta.
Quando qual me pegar?
É, engraçadinha, junta o que sobrar de vc e me liga pra contar.
Vou me descompor um pouco mais, e me recompor um pouquinho, e já te ligo.
segunda-feira, 14 de abril de 2008
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2 comentários:
mmm... como dizer? vc sabe como eu sofro desse mal da verborréia, né? então, isso quer dizer que eu vejo logo quando uma doida tá ficando doida sem volta que nem eu. vc precisa parr. por enquanto tá em uma linha, mas e quando a linha virar parágrafo e o parágrafo virar texto e este criar vida?! then u come to mama and we'll figure it out ;)
nega, acho que a palavra é verborragia, embora verborréia tenha soado bem melhor pro nosso caso.
yeah, right, i'll come to mama. and that's why i have a blog, so i can prevent myself to do something stupid.
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